quinta-feira, 9 de junho de 2011

Obter


“De um ventre a uma terra que tudo se aceita.
Aqui, tudo vira pó.
Minha cabeça dói quando tento entender algum mistério
Como se eu estivesse caído em um mundo, que de tanto pensar minha mente bate em teto branco...
O cimento raspado ainda soa em meus ouvidos,
As trincas dos parafusos,
A dor de um parto que uma Maria não queria presenciar...
O rosto dormindo que não está mais rindo...
O timbre de um grave...
Uma personalidade que só não mudava de igreja, pois não se desprendia de Maria...
Minhas desculpas do que da minha boca saíram imundas
Meu lamento pelo triste violino tocado pela minha mãe...
E a mão de meu pai carregando o corpo de meu irmão
Sei que essa cena trás o sofrimento,
Mas a minha alegria é em saber que a morte foi vencida
E que Maria o levou no colo como um bebê até ao altar de Deus...
No entanto, Por mais que um manual pare sobre minha mão e a benção sobre minha cabeça....
Não entendo tantos mistérios...
Precisaram dele, precisaram dele,
Foi urgente, pois sua passagem foi tão rápida...
Mesmo assim não entendo o porquê dessa esfera,
O porquê dos espelhos estrelares ao redor dela,
E o porquê de obter se terá que perder? “


Um comentário:

  1. (...)Mas essa dor da vida que devora
    A ânsia de glória, o dolorido afã...
    A dor no peito emudecera ao menos
    Se eu morresse amanhã!

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