domingo, 28 de agosto de 2011

CONFISSÃO DE UM PUNHETEIRO




Tu eras a lavra e eu o epicentro
Mas ser um punheteiro solitário é um tormento
Sei que nosso amor foi a primeiro toque
Na verdade, foi à segunda mão
Foi estranho no começo
Tinha que correr para o banheiro
Fingir que estava no chuveiro ou fazendo necessidades fisiológicas
Por vezes, na cama ou no sofá usava até o nosso escudo, o travesseiro
Admito, tenho vergonha de tu seres útil assim
Mas não usaremos mais sórdidos comprimentos
Agora, tu serás completo, pescarás em um rio vasto e salubre
E terás um saliente lugar para pescar

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